29 dezembro, 2011

Não é...


...o espaço que ocupas no meu coração, é o vazio que lá fica quando estás distantes.

MariaPapoyla

09 dezembro, 2011

Faz de conta...


...que não é dia para que o dia não chegue ao fim. Faz de conta que não é noite e que as estrelas, de manhã, não irão desaparecer. Faz de conta que tudo aquilo que ousamos sonhar não desaparece no instante em que acordamos. E no final, o conto de fadas em que vivemos não passa de uma história do faz de conta.

MariaPapoyla

02 dezembro, 2011

São as palavras...


...que repito em pensamento, de cada vez que gosto de ti, e são tantas as vezes, e que nunca chegas a ouvir, que te escrevo. É a forma como me acolhes, a forma como me ouves com o olhar e me abraças sem me tocar que me faz repetir vezes sem conta: gosto de ti!
E gosto, gosto muito de ti. E tenho um profundo respeito por tudo aquilo que és e me transmites.
E no fim, gosto de ti por tudo aquilo que me permites ser! E resta-me agradecer-te, do fundo do coração, a amizade.

MariaPapoyla

19 novembro, 2011

São olhos que ouvem...


...o silêncio,
são mãos que falam e que nos tocam no coração,
porque o nosso caminho também se faz
pelos passos daqueles que levamos pela mão.

MariaPapoyla

01 outubro, 2011

Se dançar...


...me deixa feliz,
se voar me deixa feliz,
se sonhar me deixa feliz,

porque me roubaste a esperança?

MariaPapoyla

23 setembro, 2011

E lá andava...


...vagueando pelas ruelas, sozinho. Vigiava a noite e tomava conta das estrelas. Zelava pelo silêncio aparente. E voltava, de manhã, para o seu posto de duende-de-jardim. Eram assim todas as noites. Eram assim todos os dias.

E lá andava vagueando pelas ruas, sozinha. Contemplava o dia e cuidava das flores. Pintava o mundo com as cores da manhã e da tarde. E regressava, ao pôr-do-sol, para o seu lugar de candeeiro de jardim. Eram assim todos os dias. Eram assim todas as noites.

Duas vidas descruzadas no tempo, dois destinos opostos, percursos em nada iguais. Por muito perfeito que poderia parecer imaginá-los a partilharem as suas histórias de vida, não aconteceu. Não se cruzaram os olhares, não se trocaram as palavras, não se deram as mãos... Cada um seguia o seu caminho, e cada um haveria de encontrar em tempo certo, e com o mesmo destino, aquele com quem percorreria o caminho.

MariaPapoyla

16 setembro, 2011

Hoje é o dia...


...em que eu perdi. Perdoa-me se é egoísmo, mas parte-me o coração quando te vejo sofrer, e dói, como se toda a dor do mundo me esmagasse contra o chão, quando vejo que estás bem... sem precisares de mim.

MariaPapoyla

12 setembro, 2011

Estou de passagem. Dentro de em breve...


...partirei. Vim deixar-te um beijo. O meu lugar não é aqui. Eu não te pertenço. Tu não me pertences. Somos livres um do outro e livres de todos os lugares do mundo. Deixo-te um beijo. Vou lembrar-me de ti em cada lágrima e quando as lágrimas estiverem gastas vou lembrar-me ainda até que um dia, eu sei, tudo isto vai passar, porque tudo é efémero. É efémera a vida e é efémero o amor. Não sei se é mais efémera a vida ou o amor. Mas sei que tudo passa depois das lágrimas. Estou de passagem. Vim deixar-te um beijo.

MariaPapoyla

10 setembro, 2011

Era mais do que a vida...


...lhe podia dar. Mais que os sonhos pudessem significar. E nem que fizesse todo o esforço do mundo conseguiria aguentar. Na corda bamba. Sempre na corda bamba. Sem vara nem rede. Uma orquestra de vozes monocórdicas a zoarem-lhe aos ouvidos. Um pé em falso. Um trapézio instável. Um balanço errado. Os tambores a ditarem o fim. E num instante, apenas num instante, calaram-se as vozes e o trapézio ficou vazio.

...

E as mãos tomaram de firme o que baloiçava em frente, o rosto ergueu-se e o público aplaudiu. O público levantou-se e aplaudiu o salto de coragem.

MariaPapoyla

A perfeição...


...o que é para ti?

Perfeição é olhar o mar,
Contar as estrelas,
Contemplá-las ao luar
Sem sequer vê-las.

É não ter nada,
E no nada que temos
Sermos a pessoa amada,
E tudo o que de nós demos...

E saber que não estamos sós
Sem olharmos em redor.
Termos uma história que em nós
Sabemos o final de cor.

Perfeição é dar-te a mão,
Sussurrar-te ao ouvido.
E quando há de perfeição
Em tudo que tenho vivido!

MariaPapoyla

03 setembro, 2011

Ontem não vieste. Esperei...

por ti, mas não vieste. Não sei de ti. Às vezes nem sei quem és. Disseste que vinhas mas não vieste, como sempre. E eu esperei.

O amor é muito difícil. Dói. Mói. E dói. Mói porque se sobrepõe à minha racionalidade. Dói porque não me deixa ser livre. Quero afastar-me mas não consigo, gosto de ti e não consigo. Quero deixar de pensar em ti e quando tento odeio-te em pensamentos, e pergunto-me sempre se tudo isto vai mudar, e no fim amo-te. Eu quero tanto que a nossa história mude e que seja uma história só nossa, apenas tu e eu, nós, mas tu não vens e eu sei que estás lá. E sei que não sou eu que estou contigo. São tantos os obstáculos! É difícil. E dói e mói, dói, mói. E dói. Dói tanto. E ainda assim acredito, porque não sei deixar de acreditar, que tudo isto vai passar. Acredito que nenhuma lágrima escorre em vão. Tu não sabes, não fazes ideia das lágrimas que escorrem quando estou aqui, sozinha. As lágrimas. As lágrimas vêm da mágoa, de tentar esquecer as coisas que me magoam. Limpa-me as lágrimas. Abraça-me. Eu preciso, quero e acredito. Não me faças esperar todos os dias por aquilo que não me dás. Estende-me a tua mão. Ajuda-me a levantar. E fica. Não vás embora mais uma vez... Não vais ficar. Eu acredito que isto vai mudar mas no fundo eu sei que não vais ficar. Eu sei que vais embora mais uma vez.

E se um dia eu deixar de esperar?

MariaPapoyla

No abismo...


...do seu coração ela não sabia para que lado poderia recuar. Estava escuro e já não reconhecia os recantos onde guardava as recordações. A recordação de um abraço que a pudesse segurar naquele momento. Estava insegura e não sabia onde a levariam os seus passos hesitantes. Estava apaixonada e tinha medo do que iria acontecer depois.

MariaPapoyla

25 agosto, 2011

Por ti...


...abdiquei das horas do mundo. Transformei o tempo em saudade e no fim em lágrimas. Agora pede-se desculpa por aquilo que me deste, fizeste acreditar e me roubaste no fim. Mas não me peças que te perdoe.

MariaPapoyla

Morri...


...por dentro. E para o mundo. Tamanha é a dor que não me sinto. O coração bate desamparado. Já não existo em ti. Nem dentro de mim.

MariaPapoyla

18 agosto, 2011

Ficamos...


...amigos, mais do que éramos. E permanecemos.

Se houve amor? Tu o saberás. O que ficou é tudo o que temos.

MariaPapoyla

16 agosto, 2011

Três casamentos...


...e um romance amargurado. três paixões desmedidas e um único amor. três sobrenomes e apenas uma identidade. três filhos criados e um ventre fértil. três empregos e uma só vocação. três dias de carnaval e um desfile. três anos comuns e um bissexto. três meses de verão e um ano inteiro. três folhas de trevo e mais um momento de sorte. três copos e uma ressaca. três sorrisos e um favor. três segundos e um momento. três fases da lua e outra lua nova. três temporadas e uma série. três ideias e uma solução. três caminhos e um destino. três por cento e uma possibilidade. três mentiras e uma verdade. três cafés e uma insónia. três casas e um lar. três horas e uma eternidade. três passados e um presente. três beijos e um abraço. três metas e um objectivo. três consequências e uma causa. três opções e uma indecisão. três perguntas e uma resposta. três pecados e uma confissão. três começos e um final. três lágrimas e um pranto. três porquinhos e um lobo. três pastorinhos e um milagre. três irmãs e uma madrasta. três parceiros e uma noite. três tempos e um passo de dança. três crianças e uma brincadeira. três dados e um resultado. três jogos e um desempate. três apostas e um vencedor. três melodias e uma composição. três histórias e uma vida.

MariaPapoyla

11 agosto, 2011

O teu amor...


...é uma flor no Outono
O teu beijo rasga nuvens no céu
O teu olhar acende tochas no oceano
Nenhum sorriso é igual ao teu!!

MariaPapoyla

02 agosto, 2011

Quem te deu...


...o amor? 

Mostra-me um pouco. Prometo não estragar. Vá lá... Não sejas tímido. Não o guardes só para ti. Deixa-me levar um pouco. Prometo devolver. Não tenhas medo de o partilhar. Obrigada por confiares em mim. Vou guardá-lo bem. Vou cuidá-lo bem, com carinho, com paciência. Vou cuidá-lo bem e trago-te de volta.

Olá. Trouxe-te o amor de volta. Espera um pouco. Tenho que abrir o coração. É frágil! Tem que ser com cuidado. Aqui está. Hoje, dou-te também um pouco do meu amor. Guarda-o bem. Cuida-o bem.

Posso levar um pouco do teu amor?

MariaPapoyla

Porque me devolveste...


...o coração partido? Prometeste cuidá-lo... O que lhe fizeste? O que lhe fizeste para doer tanto?

Vais deixá-lo ficar? O que faço agora?

Porque me devolveste o coração partido?

MariaPapoyla