03 setembro, 2011

Ontem não vieste. Esperei...

por ti, mas não vieste. Não sei de ti. Às vezes nem sei quem és. Disseste que vinhas mas não vieste, como sempre. E eu esperei.

O amor é muito difícil. Dói. Mói. E dói. Mói porque se sobrepõe à minha racionalidade. Dói porque não me deixa ser livre. Quero afastar-me mas não consigo, gosto de ti e não consigo. Quero deixar de pensar em ti e quando tento odeio-te em pensamentos, e pergunto-me sempre se tudo isto vai mudar, e no fim amo-te. Eu quero tanto que a nossa história mude e que seja uma história só nossa, apenas tu e eu, nós, mas tu não vens e eu sei que estás lá. E sei que não sou eu que estou contigo. São tantos os obstáculos! É difícil. E dói e mói, dói, mói. E dói. Dói tanto. E ainda assim acredito, porque não sei deixar de acreditar, que tudo isto vai passar. Acredito que nenhuma lágrima escorre em vão. Tu não sabes, não fazes ideia das lágrimas que escorrem quando estou aqui, sozinha. As lágrimas. As lágrimas vêm da mágoa, de tentar esquecer as coisas que me magoam. Limpa-me as lágrimas. Abraça-me. Eu preciso, quero e acredito. Não me faças esperar todos os dias por aquilo que não me dás. Estende-me a tua mão. Ajuda-me a levantar. E fica. Não vás embora mais uma vez... Não vais ficar. Eu acredito que isto vai mudar mas no fundo eu sei que não vais ficar. Eu sei que vais embora mais uma vez.

E se um dia eu deixar de esperar?

MariaPapoyla

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